quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Essência 2012

Começa a parecer-nos que a Essência do Vinho é um pouco como a vindima...fica toda a gente ansiosa que comece, toda a gente stressada enquanto decorre e toda a gente saudosa mal termina. De facto, as semanas anteriores são ocupadas a convidar amigos, arranjar convites, marcar jantares e a acertar agendas. Quando começa...começam também as nossas queixas: que é muita gente, que o edifício é lindíssimo mas começa  a ser um pouco pequeno (esta já se houve há pelo menos 4 anos), que os vinhos são muito iguais e se apresentam poucas novidades dignas de registo, etc. . O problema é que mal acaba começamos a sentir um vazio...e é coisa para durar, pelo menos até à próxima feira de vinho.



A Essência deste ano foi uma das que mais gostámos, não sabemos se a melhor, não sabemos se a mais concorrida, sabemos apenas que foi a que mais gostámos. Muita gente, dias em que foi impossível provar razoavelmente, dias em que as melhores coisinhas estavam escondidas por detrás do pano por baixo da mesa, dias em que para entrar tivemos que desesperar...mas foi a que mais gostámos! Este ano não nos preocupámos muito com as novidades ou com a realização de provas especiais...Este ano adoptámos uma postura mais relaxada, e fizemos muito bem! Fomos a uma festa de vinho, com espírito de festa de vinho: rever amigos, conversar com produtores, provar uma coisinha ou outra, mas no fundo fomos divertir-nos! Dos vinhos que ficaram no top 10 só nos esforçamos por provar o Soalheiro Primeiras Vinhas, logo na quinta-feira, mas já estava esgotado. Não nos preocupámos com mais nada e foi uma delícia! De tudo o que provámos ficou-nos na retina o Coche, um branco maravilhoso com a chancela da Niepoort, o fantástico Late Harvest Olho no Pé, de longe o melhor colheita tardia que bebemos na feira, o Vértice Gouveio (espumante), uma prova especialíssima de Vinhos da Madeira, e os Portos, sobretudo o Vintage 2008 do Noval (há que comprar e guardar), um maravilhoso Cálem 1961 (Sábado já tinha desaparecido da mesa) e um Andresen 1977...de resto foi festa, socialização...e agora saudade!

É bonito ver como uma festa de vinho é capaz de parar a cidade! E esse efeito não se restringe apenas ao facto de toda a gente querer ir, mas sim na multiplicação de espaços (nocturnos até) que dedicam atenção especial ao vinho e ao vinho a copo...Venha a próxima!

P.S.: Um agradecimento especial ao Rui Pinto da VDS, pela paciência, bom humor e generosidade com que sempre nos recebeu. Obrigado também a todos os amigos que fizeram desta a nossa melhor Essência.

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