segunda-feira, 13 de junho de 2011

Quinta de Gomariz Grande Escolha Branco 2009

Mais uma daquelas tardes que se perdem no tempo...mas não na memória! E se esta ficou marcada, como tantas outras que o rio do tempo não leva, tal não se ficou a dever ao vinho, infelizmente, mas à companhia. Era a última tarde da Ana Silva no Porto, antes de rumar à capital do império (a utilização de minúsculas é propositada), pelo que achámos por bem passar uma tarde a provar (leia-se, beber!) vinho e a "jogar conversa fora", como dizem os brasileiros. Rumámos pois à Garrafeira das Artes, já nossa conhecida, para um fim de tarde que se queria longo e memorável...e foi (vinho à parte!).


O propósito era efectivamente beber vinho, sem pensar nas suas características, apenas passar um bom bocado, descontrair e aproveitar a companhia...mas uma vez provador, sempre provador! Já não nos é fácil desligar o "botão" da prova, e quase sempre resvalamos para a apreciação do vinho, mesmo sem nos darmos conta estamos a discutir os aromas, a entrada de boca, a acidez, etc., etc., etc....
Mais uma vez fomos muito bem recebidos na Garrafeira, e depois de um breve exame às "estantes", e como o calor apertava, optámos por um, fortemente medalhado, vinho verde...Quinta de Gomariz Grande Escolha Branco 2009 (Vol. 11,5%), nascido do casamento das castas Alvarinho, Loureiro e Trajadura (temos que aumentar o reportório de castas descritas, nós sabemos!).

No copo, este Quinta de Gomariz, presenteou-nos com um bonito amarelo (não palha, muito menos carregado), cristalino, muito limpo, com nuances esverdeadas e citrinas.

O exame olfactivo revelou, desde logo, um carácter algo floral, doce e anisado (quase a lembrar os vinhos que levam na sua composição uma boa dose de moscatel...uva!), muita frescura, mas que foi desaparecendo (mais rapidamente do que o líquido desaparecia da garrafa...o que, para nós, nunca é um bom sinal). Revelou ainda muito sulforoso (vide decanter linguístico), dificultando a absorção de aromas, nomeadamente o aparecimento da fruta tropical.

Na boca entrou a confirmar o nariz, doce e redondo. Mostrou também um bom meio de boca, onde se confirmaram as notas florais e se notou, levemente, algum fruto tropical. O final apresentou-se muito curto e metálico (o vinho desapareceu rapidamente, sendo que na boca deixou apenas uma sensação metálica, da acidez.).

Nota de prova: Este blog não dá notas...e ainda bem, porque seríamos tão austeros como a Troika!:)
Mas sempre podemos deixar que o vinho não foi tão agradável como aquela magnífica tarde exigiria ( o nosso obrigado a todos os que fizeram daquele, mais um memorável fim de tarde)!Um vinho que todos os bebedores acharam chato, daqueles que cansa muito depressa...

Preço:  5,90€

1 comentário:

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