23.07.2011 e aí está o 2.º LBD (Late Bottled Dinner), naquela que começa a ser já uma bela tradição em que o Wine Of Us reúne um grupo mais alargado de amigos e em amena cavaqueira se dedica à degustação de vinhos. Este 2.º LBD, que arrancou na belíssima Enoteca-Quinta da Avessada (sim, ainda estamos em falta com um post integralmente dedicado a este ex-líbris do Douro Vinhateiro...) e teve como palco de destaque o restaurante Cêpa Torta by Douro Gourmet (sim, também aqui ainda estamos em falta), foi inteiramente dedicado aos espumantes (se bem que lá foram aparecendo, no final, uma garrafinhas de branco que o Miguel Barros, avisadamente, havia levado). Foram bebidos os seguinte néctares:
- Dom Ferro Reserva Bruto 2007
- Murganheira Reserva Bruto 2006
- Jacob`s Creek Bruto
- Murganheira Super Reserva Bruto 2005
- Vértice Milléssime 2005
Hoje falaremos dos três primeiros, sendo que num segundo post (referente à segunda parte do jantar) falaremos dos dois últimos.
Pode aproveitar-se o post anterior na parte referente aos princípios básicos de uma prova de espumantes.Dom Ferro Reserva Bruto 2007 (13%)
Este espumante da região dos Vinhos Verdes, proveniente da Quinta do Ferro, mostrou ao olhar uma cor citrina, mas não muito intensa, bolha fina com alguma persistência e uma coroa algo indefinida.
No nariz saltou logo um bom ananás, uma frescura muito agradável, só lhe faltando aqueles aromas a panificação que são tanto do nosso agrado.
No exame de boca boas sensações, apesar da bolha não explodir crepitantemente na boca sentiu-se a mousse, um pouco de vegetal, a revelar um conjunto algo austero, num perfil interessante, com um final médio/longo.
Preço: 9-10€
Murganheira Reserva Bruto 2006 (12%)
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Do Vale da Varosa, onde o Douro e a Beira se encontram, saem alguns dos melhores espumantes nacionais com a chancela Murganheira (Soc. Agr. Com. do Varosa, SA), sendo que este é praticamente um entrada de gama (os entradas de gama são, por assim dizer, os vinhos pretensamente mais modestos dos produtores).
Espuma alta, a descer rapidamente, revelando ao olhar um cor amarelo palha bastante clara, bolha fina, não muito continua.
No nariz alguma levedura, algo metálico e anisado e aromas a ananás bastante doce.
Na boca entrada algo metálica, porventura devido à acidez, algum fruto tropical, doce (sobretudo para um bruto), mas a cair para um final, também ele, metálico e um pouco cansativo. Sento que também não lhe sentimos aquele carácter aveludado que é apanágio dos grandes espumantes (e Champagnes).
Preço: 8€ (no Jumbo)
Jacobs Creek Bruto
Feito a partir de Chardonnay e Pinot Noir também a Austrália (South Eastern) veio à nossa mesa.
Espuma alta ao servir diminuíndo gradualmente, bolha fina e persistente a formar uma coroa algo indefinida, numa cor citrina (amarelo limão) bastante intensa.
No nariz bastante quente, muito mel, feno seco e aromas de evolução.
A bolha rebenta na boca, mas não de forma crepitante, pouca fruta, verdadeiramente seco (é dizer, nada doce), num perfil mais austero, mas equilibrado.
Preço:10€ (no Jumbo)
Nota de prova: Este blog não dá notas, até porque não as tem! De uma forma geral estes três espumantes beberam-se com agrado, sendo de salientar que nos agradou particularmente a austeridade (não confundir com os tempos que correm) do Jacob`s Creek, mas este também já se encontra em termos de preço muito próximo do Murganheira Super Reserva, de que falaremos na 2.ª parte deste LBD, ficando a perder em relação a este.
Gostei bastante dos aromas do Jacobs creek, principalmente o mel... penso que terá sido a primeria vez em que 'senti' verdadeiramente esse aroma. na boca gostei bastante do murganheira e do Jacobs :-) venham mais LBD's!! **
ResponderEliminarO Jacobs foi efectivamente uma boa surpresa...e a palavra de ordem é mesmo essa:Venham mais LBD`s!
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