Começaremos logo por deixar claro que o 08 que se vê a seguir ao GC não se refere ao ano do vinho, mas sim ao ano de fundação deste novo projecto e serve precisamente para homenagear o seu fundador, Gastão Costa, e o ano do início do projecto, 2008. Este vinho da Quinta Vale do Bragão, que se apresenta numa bonita garrafa ao estilo das antigas garrafas de azeite, tem a assinatura de uma das mais conhecidas enólogas a trabalhar no Douro: Gabriela Canossa, que durante muito tempo foi responsável pela Fine Wine Division da Real Companhia Velha, donde saiu em 2006. Mas vamos ao que interessa...
Cor carregada, quase um púrpura impenetrável à luz (retinto como diz o rótulo), a revelar a intensidade da extracção.
No nariz rico e harmonioso, muita violeta (característica da Touriga Nacional, que nos pareceu ser a única casta presente no lote), fruta bem madura, e muitas especiarias, sobretudo baunilha...tudo muito concentrado.
Na boca a entrada é um pouco doce (fruto dos 15% de álcool?), mas agradável, meio com bom volume, alguma fruta, como o nariz tinha indiciado, um toque herbáceo, acidez q.b., e um final um pouco curto.
Preço: 8€
Nota de prova: Um vinho que segue a actual tendência do mercado, muita fruta bem madura, madeirinha (o que lhe confere o toque especiado), elevado teor alcoólico, alguma doçura... mas também, somos obrigados a admitir, um vinho muito bem feito. Com efeito, os 15% de álcool não se fazem notar com a intensidade esperada, a madeira está harmoniosamente integrada no conjunto, a acidez contrabalança bem o ataque boca mais doce e a intensidade da extracção não indiciava um vinho tão suave. Em suma, proporcionou um belo fim de tarde...
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