Cavalo Maluco ou "Crazy Horse", em homenagem a um dos mais relevantes Chefes do povo Sioux, sobretudo não confundir com o Crazy Horse de Paris (embora a confusão não fosse totalmente desagradável), resulta de um projecto de José Abreu L. da Mota Capitão na Herdade do Portocarro, mais um belo projecto acrescente-se.
Cavalo Maluco 2007 (13,5%)
Muito profundo na cor, púrpura, quase impenetrável (a revelar a intensidade da extracção).
No nariz, inicialmente, algum cavalo (suor, a fazer jus ao nome embora já se tenha referido que este pretende homenagear aquele grande Chefe Sioux) mas muito ténue e que logo desaparece para dar lugar a fruta preta bem madura, sendo que conforme vai abrindo se vai tornando mais complexo: uma inesperada fruta mais fresca, especiarias (a madeira, superiormente integrada, a fazer-se sentir), uva macerada...sempre em mutação, sempre num crescendo de complexidade.
Na boca a entrada é muito boa, grande volume, fruta (muita e sempre em mutação), especiarias, e leve tostado (que não mascara nada, é dizer, a madeira não se sobrepõe antes completa o conjunto) taninos firmes mas muitos agradáveis (com certeza já suavizaram com o tempo em garrafa), e muito boa acidez (não chega a picar, mas obriga a salivar), num final longo e de grande persistência.
Preço: 30€
Nota de Prova: Grande vinho, a mostrar claramente que há grandes vinhos em todas as regiões do país (e não só só no Douro e Alentejo), e que as Terras do Sado não são apenas propícias aos moscatéis (por falar em Moscatéis veio-nos à memória o "indecente", de tão maravilhoso, Moscatel com Armagnac da José Maria da Fonseca ( o com Cognac não é menos indecente, mas destina-se apenas à exportação), mas adiante...Estamos, de facto, perante um vinho enorme, complexo, de grande personalidade...e que ainda terá a ganhar com o tempo em garrafa, já que nos parece que a sua estrutura aliada a belíssima acidez lhe permitirão receber o tempo de braços abertos!
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