E aí está a primeira prova! E não podíamos começar de melhor forma: Valemesio Branco 2008 (9% vol.)Não, não estamos a ser irónicos! Quisemos começar a apresentação das nossas provas recriando a nossa primeira incursão no mundo dos vinhos…bem longe das grandes referências! Provavelmente, a maioria de vós está a ouvir pela primeira vez este nome Valemesio, e muito provavelmente não voltará a ouvir falar dele, mas como alega aquele grande filósofo dos Sábados à noite no Pirão (Convívio Bar), Mário Gonzaga, “é muito fácil gostar de vinho bom, difícil é gostar do mau”! Quanto à origem da garrafa não nos perguntem nada…quanto ao destino…o mesmo, o único, o de sempre…bebido até à última gota (ainda que o corpo ameace frequentemente entrar em falência generalizada)!
O Valemesio é um branco da região dos vinhos verdes, resultando de um lote de Loureiro, Pederna, Azal, Arinto e Trajadura (já se podem consultar características de algumas castas ao lado). Visualmente apresenta-se cristalino, de cor amarela (amarelo palha), ainda que algo esbatido. No nariz, é dizer, quando cheirado não apresenta as normais notas de frutos tropicais ou cítricos, mas antes nuances de mofo, notas de evolução doces, detectando-se toques de sulfuroso (vide decanter linguístico), e notas metálicas (alguma ferrugem). A boca confirma o mofo e as notas metálicas, sendo que é notória a ausência de fruta, a parca acidez, e a presença de algum açúcar residual, num final bastante curto. O vinho é algo desequilibrado e o comentário consensual foi “parece água doce, ligeirinha, ligeirinha”!
Note-se que estamos a falar de um vinho despretensioso, pelo que as notas de prova devem ser vistas neste contexto, sendo que o produtor (Caves do Monte) nos merece o máximo respeito e consideração. Definitivamente, foi um verdadeiro regresso aos primórdios (aos tempos de juventude) desta nossa apaixonada jornada!
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